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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Livro da semana : Apaixonada por palavras

Livro da Semana:

                   Apaixonada por Palavras 


Para começar vou falar para vocês um pouquinho sobra a Paula Pimenta.


Paula Pimenta nasceu em Belo Horizonte – MG. Desde criança apresentou aptidão para a escrita e por esse motivo prestou vestibular para Jornalismo, embora tenha transferido para Publicidade, curso no qual se formou na PUC Minas. Estudou também Música na UEMG, deu aulas de violão e técnica vocal por vários anos, e é compositora.


Sua carreira de escritora começou em 2001, com o lançamento do livro de poemas “Confissão”, que foi relançado em 2013. Ficou realmente conhecida do grande público em 2008, quando lançou Fazendo meu filme 1” pela editora Gutenberg. Publicou “Fazendo meu filme 2”, em 2009, “Fazendo meu filme 3”, em 2010, e “Fazendo meu filme 4”, em 2013, que - assim como o primeiro - são grandes sucessos juvenis. Em 2011 lançou uma nova série, “Minha vida fora de série”, que já conta com dois volumes. Em 2012 publicou também o livro "Apaixonada por palavras", uma coletânea de crônicas.

A Paula é uma escritora simplesmente incrível, a forma com que ela escreve nos emociona. Acredito que todas as pessoas que já leram algum livro dela se emocionaram, se encantaram e se envolveram com suas palavras.
Paula, parabéns pela forma com que você escreve, com seus livros eu ri, chorei, eu  simplesmente AMEI.

Livro Apaixonada por Palavras é uma coletânea de crônicas da Paula. Foi lançado em setembro de 2012. Logo de cara ela se confessa apaixonada pelas palavras e sem dúvida alguma ela vai fazer com que você também se apaixone perdidamente pelas dela.  Nessas crônicas a protagonista é a Paula e ela conta sobre seu dia a dia, sua família, seus amigos, seus amores, suas paixões.
Faço minhas, as palavras de Eduardo Loureiro Jr. , editor do site Crônica do Dia: "Aqui nos apaixonamos não por um belo personagem inventado, mas por uma bela pessoa de carne, osso, alma e, claro, palavras."
Aqui pra vocês está a Crônica-Título deste livro: Apaixonada por Palavras. 


APAIXONADA POR PALAVRAS
"Odeio cantadas. Flores não me seduzem. Chocolates então, nem pensar. O que me comove são palavras.
No caminho de casa, passo por uma pista de cooper onde têm barras e aparelhos de ginástica. Em qualquer hora do dia ou da noite, rapazes de se fazer inveja aos galãs globais puxam ferros, correm mais do que para tirar a mãe da forca, levantam pesos, malham até o dedão do pé. Ao lado deles, garotas soltam suspiros para cada flexão de braço, lançam exclamações para cada bíceps trabalhado, fazem votação para definir qual peitoral é o mais sarado. Deixo tudo para elas. Tais rapazes não merecem um segundo olhar meu. Para mim, músculo em excesso é inversamente proporcional à inteligência.
Fim de semana. Depois de muita insistência, aceito o convite das minhas amigas para ir dançar, mesmo sabendo que me arrependerei. Lugar dos infernos. Quente, barulhento, enfumaçado. E ainda por cima tenho que escutar aquela mesma frase: "E aí, gata, vem sempre por aqui?". Fico na dúvida entre vomitar, sair correndo ou fingir que sou surda.
Outra situação: O moço é lindo. Toca violão. Minha família gosta dele. Já estou quase convencida de que é minha alma-gêmea. E então ele me manda um cartão: "Não me canço de te olhar". É, querido, vai ter que olhar para o outro lado. Cansada estou eu de quem não sabe escrever nem em português.
Mas por que eu sou tão viciada em palavras? Por ter crescido lendo enquanto minhas amigas brincavam de pique-esconde? Por minha primeira paixão ter sido o Cebolinha, nos gibis da Turma da Mônica? Por amar poesia desde que nasci? Não sei. O fato é que me desperta curiosidade quem sabe escrever o que pensa.
Garotos que escrevem bem têm um charme diferente. Suas palavras me acariciam de tal forma, que se tornam vitais para minha sobrevivência. Se eles têm tanto cuidado com a escrita, imagine o carinho que teriam comigo... Ah, os homens que sabem escrever! Alguns conseguem ser tão sinestésicos, que chego a perceber a voz deles por entre as linhas.
Os que mais me impressionam são os que adivinham meu pensamento, mesmo sem me conhecer. É indescritível a sensação de ler um texto e me identificar totalmente com as palavras do escritor. É como se ele tivesse roubado a ideia que eu ainda não havia tido, mas que já existia em mim. Emocionante perceber, na medida em que meus olhos vão descendo por sobre o texto, que existe alguém que pensa exatamente como eu.
Infelizmente, a recíproca não é verdadeira. O sexo masculino, no geral, ainda se sensibiliza mais com um corpo esculpido do que com a forma que as escritoras dão às suas frases.
No dia em que eu encontrar um que se importe mais com o que eu escrevo do que com a minha embalagem, eu me caso. Desde que a proposta seja feita por escrito. E que por trás daquelas palavras, existam óculos em vez de músculos."


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